Foi-se na cor deste poente alado
O teu amor e o meu perdidamente.
Deixá-lo ir dormir eternamente
Como um sonho que mal fosse sonhado.
Deixá-lo ir assim, sem um pecado,
Dos outros este amor tão diferente.
Deixá-lo ir na luz deste Poente
O nosso amor meu Deus, tão desgraçado!
Deixá-lo ir assim ao fim do dia,
Como luz de penumbra ou sacristia,
Como flor que murchou sem um lamento.
Deixá-lo ir o meu amor enfim!
Deixá-lo ir meu Deus! Longe de mim
Que durma em paz no grande esquecimento
Ler do mesmo autor neste blog:
Tríptico
Miniaturas
Desvio
Na Atitude Saudosa de Quem Chora