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Pesca da Pérola – Pde. António Tomás Julho 16, 2008

Filed under: Pde. António Tomás,poesia — looking4good @ 1:16 am

O coração é concha bipartida:
Nós guardamos no peito uma metade,
E a outra, quem, o sabe? — anda perdida
Entre as vagas do mar da humanidade.

Do escafandro das ilusões vestida,
Rindo, mergulha a afoita mocidade,
Buscando um ser que lhe complete a vida,
Que lhe povoe do peito a soledade.

Encontra algum essa afeição sonhada
E à tona sobre erguendo a nacarada
Valva que guarda a pérola do amor…

outro, porém, debalde as águas sonda,
Desce, a rolar, aflito, de onda em onda…
E não mais torna o audaz mergulhador!

O Pde. António Tomás de Sales (n. em Acarati (CE) a 14 Set.1868; m. em Fortaleza (CE) a 16 de Julho de 1941)

Ler do mesmo autor: Contraste; Desenganos

 

Pesca da Pérola – Pde. António Tomás

Filed under: Pde. António Tomás,poesia — looking4good @ 1:16 am

O coração é concha bipartida:
Nós guardamos no peito uma metade,
E a outra, quem, o sabe? — anda perdida
Entre as vagas do mar da humanidade.

Do escafandro das ilusões vestida,
Rindo, mergulha a afoita mocidade,
Buscando um ser que lhe complete a vida,
Que lhe povoe do peito a soledade.

Encontra algum essa afeição sonhada
E à tona sobre erguendo a nacarada
Valva que guarda a pérola do amor…

outro, porém, debalde as águas sonda,
Desce, a rolar, aflito, de onda em onda…
E não mais torna o audaz mergulhador!

O Pde. António Tomás de Sales (n. em Acarati (CE) a 14 Set.1868; m. em Fortaleza (CE) a 16 de Julho de 1941)

Ler do mesmo autor: Contraste; Desenganos

 

Desenganos – Pe. António Tomás Julho 16, 2006

Filed under: Pde. António Tomás,poesia — looking4good @ 1:31 pm

Muitas vezes sonhei nos tempos idos
Acalentando sonhos de ventura,
Então a voz da lira suave e pura
Era-me um gozo d’alma e dos sentidos.

Hoje, vejo meus sonhos convertidos
Num acervo de dores e de amargura
E percorro da vida a estrada escura
Recalcando no peito os meus gemidos

E se tento cantar como remédio
Minhas mágoas ao sombrio tédio
Que lentamente as forças me quebranta

Os sons de lira que arranco agora
Mais parecem soluços de quem chora
Do que a doce toada de quem canta.

Pe. António Tomás de Sales (n. Acarati a 14 Set 1868, m. Fortaleza a 16 Jul 1941)

Ler do mesmo autor: Contraste