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Os Dias – Pedro Tamem Dezembro 1, 2008

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 2:05 pm

Naquele tempo, viver era a melhor coisa do mundo.

Quando nascia o sol as pessoas viam

e os homens eram crianças para além dos montes.

Era uma planície, grande como convém a todas as planícies

e plana porque tudo estava certo.

Naquele tempo tínhamos sido criados e éramos iguais às

ervas e às flores.

Tu,

tão perfeita que impossível não seres,

tão erguida como um riso de andorinha,

tu estavas ao meu lado, naturalmente fresca,

e não havia motivos nem razões porque sabíamos tudo.

A nossa teologia era o beijo da criança mais próxima

e o deitarmo-nos na terra como folhas da mesma planta,

gratos, reduzidos, conscientes.

Olhando para cima, o céu abria-se e todos os Anjos

vinham sentar-se no rebordo

e riam como nós pequenas gargalhadas.

Eu cantava canções mais belas do que não tendo palavras

e ouvias-me em silêncio e de olhos abertos, exatamente

como a todos os sons.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa)

Ler do mesmo autor neste blog:

 

Não sei, amor, se te consinto – Pedro Tamen Dezembro 1, 2007

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 8:36 pm
foto: Vulcão

Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.

Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas

outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,

o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa; ~)

Ler do mesmo autor neste blog: O mar é longe mas nós somos o vento
 

Não sei, amor, se te consinto – Pedro Tamen

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 8:36 pm
foto: Vulcão

Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.

Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas

outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,

o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa; ~)

Ler do mesmo autor neste blog: O mar é longe mas nós somos o vento
 

Não sei, amor, se te consinto – Pedro Tamen

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 8:36 pm
foto: Vulcão

Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.

Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas

outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,

o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa; ~)

Ler do mesmo autor neste blog: O mar é longe mas nós somos o vento
 

Não sei, amor, se te consinto – Pedro Tamen

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 8:36 pm
foto: Vulcão

Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.

Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas

outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,

o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa; ~)

Ler do mesmo autor neste blog: O mar é longe mas nós somos o vento
 

Não sei, amor, se te consinto – Pedro Tamen

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 8:36 pm
foto: Vulcão

Não sei, amor, sequer, se te consinto
ou se te inventas, brilhas, adormeces
nas palavras sem carne em que te minto
a verdade intemida em que me esqueces.

Não sei, amor, se as lavas do vulcão
nos lavam, veras, ou se trocam tintas
dos olhos ao cabelo ou coração
de tudo e de ti mesma. Não que sintas

outra coisa de mais que nos feneça;
mas só não sei, amor, se tu não sabes
que sei de certo a malha que nos teça,

o vento que nos leves ou nos traves,
a mão que te nos dê ou te nos peça,
o princípio de sol que nos acabes.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em 1 Dez 1934 em Lisboa; ~)

Ler do mesmo autor neste blog: O mar é longe mas nós somos o vento
 

O mar é longe, mas somos nós o vento – Pedro Tamen Dezembro 1, 2006

Filed under: Pedro Tamen,poesia — looking4good @ 5:39 pm

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O mar é longe, mas somos nós o vento;
e a lembrança que tira, até ser ele,
é doutro e mesmo, é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás, que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos, dedos, sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes, fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar.

Pedro Mário Alles Tamen (n. em Lisboa a 1 Dez 1934, ~)