Almas contemplativas! Vão rolando
por esta vida, como os rios quietos…
Rolam os rios – árvores e tectos,
céus e terras, tranquilos, espelhando;
vão reflectindo todos os aspectos,
num serpentear indiferente e brando;
espreguiçam-se, límpidos, cantando,
no remanso dos sítios predilectos;
fecundam plantações, movem engenhos,
dão de beber, sustentam pescadores,
suportam barcos e carreiam lenhos…
Lá se vão, num rolar manso e tristonho,
cumprindo o seu destino sem clamores
e sonhando consigo um grande sonho.
Ler do mesmo autor, neste blog Lua e Voz Íntima