O mundo estava no rosto da amada –
e logo converteu-se em nada, em
mundo fora do alcance, mundo-além.
Por que não o bebi quando o encontrei
no rosto amado, um mundo à mão, ali,
aroma em minha boca, eu só seu rei?
Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi.
Mas eu também estava pleno de
mundo e, bebendo, eu mesmo transbordei.
(Tradução: Augusto de Campos)
Rainer Maria Rilke (n. em Praga 1875; m. em Valmont, Suiça a 29 Dez. 1926
Ler do mesmo autor, neste blog O Poeta /The Poet