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Fish – Marianne Moore Novembro 15, 2007

Filed under: Marianne Moore,poetry — looking4good @ 7:39 pm

wade
through black jade.
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspOf the crow-blue mussel-shells, one keeps
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspadjusting the ash-heaps;
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspopening and shutting itself like

an
injured fan.
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspThe barnacles which encrust the side
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspof the wave, cannot hide
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspthere for the submerged shafts of the

sun,
split like spun
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspglass, move themselves with spotlight swiftness
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspinto the crevices—
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspin and out, illuminating

the
turquoise sea
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspof bodies. The water drives a wedge
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspof iron throught the iron edge
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspof the cliff; whereupon the stars,

pink
rice-grains, ink-
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspbespattered jelly fish, crabs like green
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsplilies, and submarine
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsptoadstools, slide each on the other.

All
external
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspmarks of abuse are present on this
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspdefiant edifice—
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspall the physical features of

ac-
cident—lack
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspof cornice, dynamite grooves, burns, and
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsphatchet strokes, these things stand
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsout on it; the chasm-side is

dead.
Repeated
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspevidence ahs proved that it can live
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspon what can not revive
&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbsp&nbspits youth. The sea grows old in it.

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)

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Poetry /Poesia

 

O Peixe – Marianne Moore

Filed under: Marianne Moore,poesia — looking4good @ 7:10 pm

Peixe

Nad-
ando em negro jade.
Conchas azul-marinhas, uma

sobre montes de pó
a abrir e fechar como

que-brado leque.
Mariscos incrustados na
crista
da onda, agora à vista,
pois as setas submersas do

sol,
vidrilhos, sol-
tam reflexos, rápidas
rectas
por entre as gretas –
acebndendo a turquesa do

mar
crepuscular
de corpos. A água estende um
braço
de aço na aresta de aço
do penhasco, e então estrelas,

ros-
ados grãos de arroz,
medusas, caranguejos – lírios
verdes –
algas a escorrer, des-
lizam uns sobre os outros.

Os
sinais todos
do abuso estão presentes no
vazio
deste edifício-desafio
todos os traços físicos do

ac-
idente – lascas,
marvas de fogo ou dinamite,
cortes
de machado, tudo res-
iste nele, que como morto

jaz,
Pertinaz
evidência comprova que ele
vive
do que não lhe revive
a juventude. O mar envelhece nele.

Trad. Augusto de Campos

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)

in Rosa do Mundo – 2001 Poemas para o Futuro – Assírio & Alvim

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O Peixe – Marianne Moore

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Peixe

Nad-
ando em negro jade.
Conchas azul-marinhas, uma

sobre montes de pó
a abrir e fechar como

que-brado leque.
Mariscos incrustados na
crista
da onda, agora à vista,
pois as setas submersas do

sol,
vidrilhos, sol-
tam reflexos, rápidas
rectas
por entre as gretas –
acebndendo a turquesa do

mar
crepuscular
de corpos. A água estende um
braço
de aço na aresta de aço
do penhasco, e então estrelas,

ros-
ados grãos de arroz,
medusas, caranguejos – lírios
verdes –
algas a escorrer, des-
lizam uns sobre os outros.

Os
sinais todos
do abuso estão presentes no
vazio
deste edifício-desafio
todos os traços físicos do

ac-
idente – lascas,
marvas de fogo ou dinamite,
cortes
de machado, tudo res-
iste nele, que como morto

jaz,
Pertinaz
evidência comprova que ele
vive
do que não lhe revive
a juventude. O mar envelhece nele.

Trad. Augusto de Campos

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)

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O Peixe – Marianne Moore

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Peixe

Nad-
ando em negro jade.
Conchas azul-marinhas, uma

sobre montes de pó
a abrir e fechar como

que-brado leque.
Mariscos incrustados na
crista
da onda, agora à vista,
pois as setas submersas do

sol,
vidrilhos, sol-
tam reflexos, rápidas
rectas
por entre as gretas –
acebndendo a turquesa do

mar
crepuscular
de corpos. A água estende um
braço
de aço na aresta de aço
do penhasco, e então estrelas,

ros-
ados grãos de arroz,
medusas, caranguejos – lírios
verdes –
algas a escorrer, des-
lizam uns sobre os outros.

Os
sinais todos
do abuso estão presentes no
vazio
deste edifício-desafio
todos os traços físicos do

ac-
idente – lascas,
marvas de fogo ou dinamite,
cortes
de machado, tudo res-
iste nele, que como morto

jaz,
Pertinaz
evidência comprova que ele
vive
do que não lhe revive
a juventude. O mar envelhece nele.

Trad. Augusto de Campos

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)

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O Peixe – Marianne Moore

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Peixe

Nad-
ando em negro jade.
Conchas azul-marinhas, uma

sobre montes de pó
a abrir e fechar como

que-brado leque.
Mariscos incrustados na
crista
da onda, agora à vista,
pois as setas submersas do

sol,
vidrilhos, sol-
tam reflexos, rápidas
rectas
por entre as gretas –
acebndendo a turquesa do

mar
crepuscular
de corpos. A água estende um
braço
de aço na aresta de aço
do penhasco, e então estrelas,

ros-
ados grãos de arroz,
medusas, caranguejos – lírios
verdes –
algas a escorrer, des-
lizam uns sobre os outros.

Os
sinais todos
do abuso estão presentes no
vazio
deste edifício-desafio
todos os traços físicos do

ac-
idente – lascas,
marvas de fogo ou dinamite,
cortes
de machado, tudo res-
iste nele, que como morto

jaz,
Pertinaz
evidência comprova que ele
vive
do que não lhe revive
a juventude. O mar envelhece nele.

Trad. Augusto de Campos

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)

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Poetry – Marianne Moore Fevereiro 5, 2007

Filed under: Marianne Moore,poetry — looking4good @ 8:59 am

I, too, dislike it.
Reading it, however, with a perfect contempt

[ for it, one discovers in

it, after all, a place for the genuine.

(Em português)
Poesia

Também não gosto.

Lendo-a, no entanto, com total desprezo, a

[ gente acaba descobrindo

nela, afinal de contas, um lugar para o genuíno.

Marianne Moore (b. in Kirkwood, Missouri, on Nov. 15, 1887; d. on Feb. 5, 1972)