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Soneto do amor e da morte – Vasco da Graça Moura Janeiro 3, 2009

Filed under: amor,morte,poesia,Vasco da Graça Moura — looking4good @ 1:51 pm

Na passagem do 67º. aniversário do poeta

quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura (nsceu na Foz do Douro, Porto, a 3 de Janeiro de 1942)

 

Soneto do amor e da morte – Vasco da Graça Moura

Filed under: amor,morte,poesia,Vasco da Graça Moura — looking4good @ 1:51 pm

Na passagem do 67º. aniversário do poeta

quando eu morrer murmura esta canção
que escrevo para ti. quando eu morrer
fica junto de mim, não queiras ver
as aves pardas do anoitecer
a revoar na minha solidão.

quando eu morrer segura a minha mão,
põe os olhos nos meus se puder ser,
se inda neles a luz esmorecer,
e diz do nosso amor como se não

tivesse de acabar, sempre a doer,
sempre a doer de tanta perfeição
que ao deixar de bater-me o coração
fique por nós o teu inda a bater,
quando eu morrer segura a minha mão.

Vasco Graça Moura (nsceu na Foz do Douro, Porto, a 3 de Janeiro de 1942)

 

Lamento por Diotima – Vasco da Graça Moura Janeiro 3, 2008

Filed under: poesia,Vasco da Graça Moura — looking4good @ 1:51 am
Couple by Emil Schildt from here

O que vamos fazer amanhã
neste caso de amor desesperado?
ouvir música romântica
ou trepar pelas paredes acima?

amarfanhar-nos numa cadeira
ou ficar fixamente diante
de um copo de vinho ou de uma ravina?
o que vamos fazer amanhã

que não seja um ajuste de contas?
o que vamos fazer amanhã
do que mais se sonhou ou morreu?
numa esquina talvez te atropelem,

num relvado talvez me fuzilem
o teu corpo talvez seja meu,
mas que vamos fazer amanhã
entre as árvores e a solidão?

Vasco Graça Moura (n. na Foz do Douro a 3 de Janeiro de 1942; ~ )

(extraído de Poemas de Amor, Antologia de poesia portuguesa, organização e prefácio de Inês Pedrosa, Publicações Dom Quixote)
 

Lamento por Diotima – Vasco da Graça Moura

Filed under: poesia,Vasco da Graça Moura — looking4good @ 1:51 am
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O que vamos fazer amanhã
neste caso de amor desesperado?
ouvir música romântica
ou trepar pelas paredes acima?

amarfanhar-nos numa cadeira
ou ficar fixamente diante
de um copo de vinho ou de uma ravina?
o que vamos fazer amanhã

que não seja um ajuste de contas?
o que vamos fazer amanhã
do que mais se sonhou ou morreu?
numa esquina talvez te atropelem,

num relvado talvez me fuzilem
o teu corpo talvez seja meu,
mas que vamos fazer amanhã
entre as árvores e a solidão?

Vasco Graça Moura (n. na Foz do Douro a 3 de Janeiro de 1942; ~ )

(extraído de Poemas de Amor, Antologia de poesia portuguesa, organização e prefácio de Inês Pedrosa, Publicações Dom Quixote)
 

Lamento por Diotima – Vasco da Graça Moura

Filed under: poesia,Vasco da Graça Moura — looking4good @ 1:51 am
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O que vamos fazer amanhã
neste caso de amor desesperado?
ouvir música romântica
ou trepar pelas paredes acima?

amarfanhar-nos numa cadeira
ou ficar fixamente diante
de um copo de vinho ou de uma ravina?
o que vamos fazer amanhã

que não seja um ajuste de contas?
o que vamos fazer amanhã
do que mais se sonhou ou morreu?
numa esquina talvez te atropelem,

num relvado talvez me fuzilem
o teu corpo talvez seja meu,
mas que vamos fazer amanhã
entre as árvores e a solidão?

Vasco Graça Moura (n. na Foz do Douro a 3 de Janeiro de 1942; ~ )

(extraído de Poemas de Amor, Antologia de poesia portuguesa, organização e prefácio de Inês Pedrosa, Publicações Dom Quixote)