Zero golos e quase zero de futebol
Um Benfica sem confiança foi um Benfica defensivo. Esta equipa não sabe organizar jogo ofensivo. Joga para os lados e para trás e por isso não sendo ambiciosa, ou estando ciente das suas limitações, jogou para 0 – 0.
Como os dinamarqueses são uma equipa banal tecnicamente, com atributos exclusivamente físicos e a fazer um futebol directo – os lances mais perigosos eram lançamentos da linha lateral para a área adversária – e que não dispuseram de qualquer oportunidade o jogo só poderia terminar em zero. Ainda por cima Alback – um dos melhores do plantel – esteve ausente e Gronkjaer saiu lesionado.
Foi o Benfica apesar da crise a criar as únicas oportunidades do jogo. Um livre marcado rápido na primeira parte isolou Simão que frente ao guarda-redes falhou o golo, mas o assistente também resolveu ( mal) tirar fora de jogo inexistente. Aos 74′ Paulo Jorge ganhou um ressalto após jogada individual e rematou de pé esquerdo ao poste da baliza dinamarquesa.
Um Benfica de contenção, sem ambição e um Copenhaga sem categoria fizeram um jogo que é indigno da Champions League. Na segunda parte o Benfica melhorou em termos de controlo de jogo mas não teve ambição suficiente para merecer ganhar.
O treinador encarnado sai satisfeito … porque adia a crise. Eu como adepto do futebol e benfiquista digo que quem tem medo da Liga dos Campeões que fique a jogar em casa!
Parken Stadium – Copenhagen
Árbitros: Yuri Baskakov (RUS), Árbitros assistentes Anton Averianov (RUS) Tikhon Kalugin (RUS)
Quarto árbitro: Stanislav Sukhina (RUS)
FC Kobenhavn: Christiansen; Jacobsen, Hangeland, Gravgaard e Bergdolmo; Silberbauer, Norregaard, Linderoth e Hutchinson; Gronkjaer (Kvist 44′) e Berglund (Pimpong 73′) .
BENFICA – Quim; Alcides, Ricardo Rocha, Luisão e Léo; Petit e Katsouranis; Paulo Jorge, Nuno Assis e Simão (Manu 80′); Nuno Gomes (Kikin Fonseca 89′).
Golos : nada ; Disciplina: 32′ Cartão amarelo para Alcides e 45 +1′ Cartão amarelo para Norregaard